a rocha metamórfica incompletamente estratificada. Transcrevo aqui uma carta dirigida por ele, sob a impressão das observações do dia, a um de seus amigos, o professor Peirce, da Universidade de Harvard. Ela nos fará melhor conhecer as suas ideias sobre o assunto.
Tijuca, 27 de maio de 1865.
Meu caro Peirce,
Ontem foi um dos dias felizes de minha vida e quero que você compartilhe a minha alegria comigo.
Estou na Tijuca, isto é, a 7 ou 8 milhas do Rio de Janeiro, num grupo de montanhas de 1.800 pés mais ou menos de altura (550 metros). Habito em lindo hotel, verdadeiro cottage, e do seu terraço avisto uma colina de drift, com inúmeros blocos erráticos, tão característicos como quaisquer outros que eu tenha observado na Nova Inglaterra. Várias vezes eu já havia encontrado indícios de drift muito fáceis de reconhecer; mas vinham sempre reunidos a uma massa tal de diversas rochas decompostas que, se uma grande prática, me permitiu distinguir essa espécie de depósitos das rochas primitivas in locu, outros poderiam provavelmente se recusar a ver neles o equivalente do drift do Norte. Felizmente descobri ontem, perto do Hotel Bennett, na Tijuca, a mais visível e menos contestável superposição de drift em rochas decompostas. A linha de demarcação entre os dois terrenos é perfeitamente nítida, e quero dela tirar uma boa fotografia.
Essa localidade me permitiu, concomitantemente, apreciar a diferença que existe, de um lado, entre as rochas decompostas que formam o traço saliente de toda a região (tanto quanto a pude visitar) e o drift superposto, do outro. Pude me familiarizar completamente com as particularidades desses dois depósitos, e julgo-me atualmente capaz de distingui-los um do outro, quer estejam em contato, quer separado.