Essas rochas decompostas são um característico, para mim inteiramente novo, da estrutura do país.
Imagine você o granito, o gnais, os folhelhos (59)Nota do Tradutor micáceos, os folhelhos argilosos, em suma, todas as rochas comuns das formações metamórficas reduzidas a uma pasta fina que deixe ver todos os seus elementos mineralógicos tais como puderam ser antes da decomposição, porém completamente desagregados e repousando uns ao lado dos outros. Dir-se-ia que foram reunidos artificialmente, como esses pequenos cilindros de vidros cheios de argila ou areia diversamente coloridos que você viu reunir para imitar o aspecto das camadas de Gay Head. No seio dessas massas desintegradas correm veios mais ou menos largos de rochas quartzíferas, de granito ou de outras espécies, igualmente sem coesão; mas o arranjo dos materiais aí permanece tal que bem se vê que são veios desagregados, como as grandes massas que atravessam. Tudo isso se continua de uma maneira evidente com rochas da mesma espécie onde a decomposição é apenas parcial e algumas vezes mesmo não é de todo visível; o conjunto apresenta então a aparência dum maciço ordinário de rochas metamórficas.
Semelhantes massas, formando toda a superfície do solo, são necessariamente um grande obstáculo para o estudo dos fenômenos erráticos. Por isso não me admira que pessoas, para quem a estrutura geológica desta região parece ser bem conhecida, sejam de opinião que a superfície das rochas esteja decomposta em todos os pontos e que aqui não exista nem drift nem formação errática. Entretanto, depois de maduro exame, é fácil a gente se convencer de que as rochas decompostas resultem da aglomeração de pequenas partículas, idênticas às contidas no maciço primitivo que elas representam atualmente com os veios e outros traços característicos; não contém vestígios de seixos pequenos ou grandes. Em contraposição, o drift que as recobre, se bem que formado