Ficamos esta manhã muito alegres com a vista do nosso pavilhão no porto. Acontece, que por um feliz acaso, a canhoneira “Nipsic”, que o traz, partiu de Boston no dia 4 de julho e pode nos dar notícias mais frescas que as que já recebemos. Os oficiais tiveram a bondade de nos mandar um grande pacote de jornais que percorremos com a maior avidez.
Medusas
7 de agosto — Todo o interesse do dia de hoje foi pelas magníficas medusas arrastadas pela maré para tão junto do casco do navio que, da escada, pode-se alcançá-las. Num instante, baldes e bacias ficaram cheios delas e foram colocados sobre o tombadilho, e logo em seguida o Sr. Burkhardt pôs mãos à obra para delas fazer um esboço a aquarela. São realmente admiráveis e inteiramente novas para os nossos naturalistas. Em algumas, o disco apresenta uma faixa pardo-escuro que se julgaria ser uma alga marinha e os seus bordos são profundamente lobulados. Esses lóbulos, em número de 32, são de colorido azul escuro e muito intenso e formam oito feixes entre os quais há outros tantos olhos situados junto ao bordo; os tubos que vão ter a esses órgãos são mais grossos do que os que estão situados no intervalo que os separa; a rede marginal de vasos é admiravelmente fina e delicada. Da boca saem apêndices que formam uma espécie de cortinado branco de franjas cerradas com uma profusão de pregas semelhantemente como existe em nossa Aurelia. Os movimentos delas são vivos e o bordo do disco palpita com um batimento curto e rápido. Outras são completamente pardas e brancas; a faixa que se parece com uma alga marinha está situada mais embaixo, bem no bordo dos lobos azuis; finalmente o disco se estreita muito para a periferia. A mancha parda é