para nos dizerem adeus. Até o dia de hoje as fadigas e privações inerentes às viagens na América do Sul parecem não querer nos atingir; é impossível gostar de maior conforto que o que nos cerca. O meu apartamento se compõe de um vasto camarote de dormir, a que são anexos uma cabine de vestir e um banheiro; se todos não estão assim bem alojados, o espaço não falta a ninguém. O camarote de dormir não serve para a noite, porque, neste clima, uma rede no tombadilho é bem mais agradável. O tombadilho, coberto em todo o seu comprimento e munido de anteparos que podem ser abertos para os lados quando se deseje, faz as vezes de um grande salão em que tudo estivesse disposto para o bem estar porém nada para o luxo ou a cerimônia. Uma mesa comprida, ao meio, serve para as nossas refeições, mas, neste momento, está ela coberta de mapas, jornais, livros e papéis de toda sorte. Duas ou três cadeiras de viagem, alguns bancos de dobrar, meia dúzia de redes, duas ou três das quais já ocupadas por outros tantos companheiros ciosos das suas comodidades, completaria o mobiliário do nosso salão e suprem o que é necessário ao trabalho e ao repouso. Num dos extremos está a mesa de desenho para o Sr. Burkhardt, e, ao lado, um certo número de pequenas tinas e vasos de vidro aguardam os espécimes.
Vastas dimensões do rio - Aspectos das margens
Hoje, porém, é impossível fazer outra coisa que não seja olhar e admirar. Agassiz se mostra surpreso:
Este rio não parece um rio; a corrente geral, neste mar de água doce, é dificilmente perceptível à vista e mais se parece com as vagas dum oceano do que com o movimento dum curso d’água mediterrâneo.
Entretanto, é verdade que estamos constantemente entre duas margens;