falando, do vale amazônico e têm a mesma estrutura. Formaram outrora, sem dúvida, um todo contínuo com a terra firme e hoje se acham dela separadas, em parte pela ação da água doce que abriu no solo um caminho para o oceano, em parte devido ao progresso desse oceano mesmo.
24 de março — A nossa vida calma em Nazareth, tão feliz e cheia de encantos para viajantes fatigados, não fornece assunto para o meu diário. Uma segunda excursão, realizada por Agassiz, ao longo do litoral, trouxe-lhe novas provas da rapidez com que mudam os contornos da costa em consequência do avanço do oceano. Chega a ponto de algumas construções, erguidas perto do litoral, acharem-se já ameaçadas pela invasão das águas do mar.
Fotografia de plantas
Durante a última semana, Agassiz se ocupou em dirigir os trabalhos dum fotógrafo requisitado pelo Sr. Pimenta Bueno. Com a sua liberalidade para tudo o que diz respeito à expedição, o nosso bondoso amigo ensaiou mandar fotografar as palmeiras e outras plantas que cercam a sua casa e se encontram em seu jardim. Entre as mais belas está uma enorme sumaumeira cujo tronco se apóia ao solo por meio de arcos de sustentação naturais, saindo do tronco a oito ou dez pés acima do solo e afastando-se dele pouca coisa. A parte inferior se acha, assim, dividida em compartimentos abertos, por vezes tão amplos que duas ou três pessoas podem caber dentro deles, e cuja profundidade não mede menos do dez a 12 pés. Essa notável disposição capaz de proteger o tronco lateralmente com umas espécies de contra-fortes, não é peculiar a uma só espécie; é frequente