entretanto, longe de prever, quando, pela primeira vez, os encontrei nos arredores do Rio, que mais tarde os encontraria extensivos à superfície do Brasil, de norte a sul e de leste a oeste, com uma continuidade que faz da história geológica do continente sul-americano um todo fácil de reconhecer.
Decomposição da rocha subjacente
Frequentemente, é verdade, a decomposição da rocha subjacente em larga extensão e, às vezes, a considerável profundidade, não permite senão a custo distinguir essa rocha do drift. O problema se torna ainda mais obscuro pela circunstância de que a superfície do drift, calcinada pelo sol tórrido a que está exposta, toma algumas vezes a aparência de uma rocha decomposta. Então se faz necessário observar com muito cuidado para interpretar corretamente os fatos. Com um pouco de prática, porém, a vista não se engana mais com essas aparências, e posso dizer que aprendi a distinguir em qualquer parte o limite entre as duas formações. Existe, aliás, um guia seguro: é a linha ondulada, lembrando o perfil das rochas "acarneiradas", (165)Nota do Autor que assinala a superfície irregular da rocha sobre a qual se acumulou o drift. Qualquer modificação que haja sofrido uma ou outra dessas ditas formações, nunca vi esta linha desaparecer. Outro traço pode também enganar: a desintegração das rochas é frequente, algumas dentre elas apresentam uma textura quebradiça, daí a presença de fragmentos destacados que se poderiam tomar por blocos erráticos e que são apenas, na realidade, restos provenientes da rocha local. Examinando com cuidado a estrutura desses