vista da agricultura, em três grandes regiões. A primeira se estende das fronteiras da Guiana até à Bahia, ao longo dos grandes rios, e é especialmente caracterizada pelos produtos virgens da floresta: cautchú, cacau, baunilha, salsaparrilha, variedade infinita de gomas e resinas, cascas, fibras têxteis, desconhecidas ainda do comércio dos dois mundos, às quais seria fácil acrescentar especiarias cujo monopólio pertence às ilhas de Sonda. A segunda região, da Bahia à Santa Catarina, é a do café. A terceira, de Santa Catarina ao Rio Grande do Sul inclusive, com os altos planaltos do interior, é a região dos cereais e, relacionada com estes, a da criação do gado. O arroz, que dá facilmente em todo o Brasil, e o algodão, que dá boas colheitas em todo o país, reúnem essas três zonas; o açúcar e o tabaco enchem as lacunas e completam o encadeamento. Coisa importante no ponto de vista agrícola e em que pouco se tem pensado, é o aproveitamento das terras da Serra dos Órgãos, da Serra do Mar e da Mantiqueira. Nessas terras altas poderiam dar todos os produtos próprios dos países quentes da zona temperada, e o Rio de Janeiro poderia receber todos os dias, das montanhas de suas proximidades, todos os legumes e frutas que importa, em pequenas quantidades e a alto preço, das províncias do Prata. As encostas dessas serras poderiam ser também convertidas em plantações de "cascarrillas" (193)Nota do Tradutor e como a produção da quinina diminuirá fatalmente mais cedo ou mais tarde pela devastação