litoral da Flórida. Entra de novo no Atlântico numa latitude em que as águas do oceano têm uma temperatura menos elevada que nos trópicos, ao passo que a corrente adquire, ela própria, um acréscimo de calor ao passar pelas camadas profundas do golfo. Esta a razão da grande diferença de temperatura existente entre as águas do Gulf Stream e as do oceano situadas a leste. Pelo contrário, a temperatura muito mais baixa das águas situadas além do seu limite ocidental, entre ele e o continente, se explica pela existência da grande corrente ártica que, partindo da Baía de Baffin, se lança na costa da América do Norte e acompanha-a até a Flórida para ir se perder debaixo do Gulf Stream nas alturas dessa península. O objetivo das pesquisas do Dr. Bache foi reconhecer as relações mútuas dessas duas correntes de água quente e água fria, que caminham lado a lado em sentidos opostos, e descobrir as condições que regulam a sua marcha e as mantêm em limites definidos.
O seu estudo longe ainda está de ser completo, embora se faça há vários anos. Mas já se sabe ao certo que o oceano adquire mais ou menos rapidamente uma maior profundidade à medida que se afasta do litoral, e que o seu leito forma uma depressão por onde corre o Gulf Stream. Essa depressão se acha limitada por uma série de colinas de direção paralela à da corrente; para além se encontra uma depressão ou novo vale. Assim o fundo do mar apresenta uma sucessão de depressões e de colinas paralelas que correm, como o próprio litoral, na direção do nordeste; no mais fundo desses vales submarinos se acha a parte principal do Gulf Stream. As diferenças de temperatura existem não só na superfície mas em diferentes profundidades; foram determinadas por uma série de observações termométricas executadas ao longo de várias linhas perpendiculares