Viagem ao Brasil, 1865-1866

sua maior parte do ponto de vista da geologia e da zoologia. As suas coleções, se bem que necessariamente limitadas devido a dificuldades de transporte e insuficiente provisão de álcool, são das mais preciosas; chegaram a seu destino em ótimo estado de conservação. Já disse algumas palavras sobre as observações geológicas do meu jovem companheiro; foi dele realmente que recebi os dados que me permitiram comparar a Bacia do Piauí com a do Amazonas. Ele fez levantamentos geológicos muito esmerados dos pontos em que isso foi possível, e o modo por que apresenta os resultados de suas observações prova que apreendeu as relações gerais que existem entre os traços mais salientes da estrutura geológica das regiões por ele atravessadas. Na Cidade do Maranhão, a febre intermitente, que já o atacara na última parte da viagem, se agravou a ponto de se tornar em grave enfermidade. Restabeleceu-se dela, graças aos cuidados do Dr. Braga que o levou para a sua casa e não o deixou partir antes que a sua saúde voltasse a ser boa de todo. Do Maranhão, o Sr. Saint-John veio encontrar-me na Cidade do Pará, onde tive a oportunidade de comparar as suas notas com as minhas.

Durante os dois meses de sua estadia no Rio de Janeiro, o Sr. Hartt se ocupou, em colaboração com o Sr. Saint-John, em examinar os cortes da Estrada de Ferro D. Pedro II, de que fez um levantamento geológico muito cuidadoso e claro, acompanhado de numerosos desenhos. A 19 de junho de 1865, partiu dessa cidade para explorar o litoral entre o Rio Paraíba do Sul e a Bahia. Acompanhou-o o Sr. Edward Copeland, um dos nossos voluntários, que o auxiliou, da forma mais eficaz, a fazer coleções durante todo o tempo em que estiveram juntos. Em Campos, no Rio Paraíba, fizeram importantes coleções de peixes, sem falar de outros animais. Partiram em seguida para o Rio Muriaí, que subiram até certa altura; depois, voltando a Campos, subiram