Viagem ao Brasil, 1865-1866

em canoa o Paraíba do Sul até São Fidélis, aumentaram consideravelmente a sua coleção de peixes e daí atravessaram, montados em burros, as florestas que ficam na direção norte até a vila de Bom Jesus, no Rio Itabapoana. Descendo então esse rio, pararam no Porto da Limeira e na Barra e daí seguiram o litoral até Vitória, sendo a sua intenção prosseguir para o norte até o Rio Doce. Mas a falta de dinheiro (seus recursos se haviam esgotado) e de animais para montar não lhes permitiu ir além de Nova Almeida. Voltaram, portanto, para Vitória, onde embarcaram para o Rio de Janeiro. No curso dessa viagem, fizeram importantes coleções nas águas do Itapemirim e do Guarapari. O Sr. Hartt fez também um estudo cuidadoso da geologia do litoral, cujos resultados formam parte interessantíssima de seu relatório.

De volta ao Rio, os Srs. Hartt e Copeland ficaram retidos algum tempo pela demora do navio. Ocuparam-se em diversos trabalhos úteis para a expedição, fizeram excursões nos arredores do Rio e coleções de peixes da baía. Na falta de um vapor, partiram a bordo de um pequeno veleiro e fizeram uma lenta e enfadonha travessia até São Mateus, colecionando em todos os pontos em que paravam. O Sr. Hartt não se esqueceu de examinar então o litoral, estudando-lhe os fenômenos de sublevação, de que colheu provas incontestáveis. De São Mateus, e após terem feito amplas coleções, os dois viajantes se fizeram transportar ao Rio Doce e subiram o seu curso até 150 quilômetros de sua foz, só parando na primeira cachoeira, em Porto do Souza. Descendo novamente até Linhares, exploraram o rio e o lago de Juparaná, e regressaram a São Mateus, depois de fazerem importantes coleções em Barra Seca, a meio caminho entre o Rio Doce e esse porto. Atingiram então o Rio Mucuri, estacionaram durante alguns dias em sua foz para colecionar e subiram-lhe o curso até Santa