Por Brasil e Portugal

VII

O estado da Nobreza também é isento por seus privilégios de pagar tributos:(236)Nota do Autor Capita stipendio censa ignobiliora, disse lá Tertuliano; donde Jeremias, falando de Jerusalém: Princeps Provinciarum facta este sub tributo.(237)Nota do Autor Contrapôs o tributo à nobreza, e exagerou a Jerusalém senhora, para a lamentar tributária. No passo que nos fez o gasto temos também isto. Quando os ministros de César pediram o tributo a São Pedro, perguntou-lhe Cristo: Quid libi videtur, Simon?(238)Nota do Autor Que vos parece, Pedro, neste caso? Reges terrae a quibus accipiunt tributum, à filiis, an ab alieno?(239)Nota do Autor Os reis da terra de quem recebem tributo, dos filhos, ou dos estranhos? Ab alienis.(240)Nota do Autor Dos estranhos, respondeu São Pedro. Ego liberi sunt filii?(241)Nota do Autor Logo isentos somos nós de pagar tributos? diz Cristo: Eu, porque sou Filho do Rei dos reis; e vós, porque sois domésticos e criados de minha casa; que os que têm foro, ou filiação na casa real, isentos e privilegiados são de pagar tributos. Hoc exemplum probat, diz o doutíssimo Tanero, etiam familiares ipsius Christi a tributo liberos esse, cum et in humana politia non tantum filius ipse regis, sed etiam familia ejus à tributis libera esse soleat. Isto resolveu Cristo de jure. Mas de facto que resolveu? Ut autem