Por Brasil e Portugal

nem menos pia, mais poderosa hoje para obrigar vossa infinita clemência. A Judith de Israel orava como pessoa particular, ainda que pelo bem comum; a Judith de Portugal, ora como rainha e senhora nossa, pelo bem e conservação de seus vassalos, cuja oração como pública, sempre teve mais lugar na aceitação de vosso acatamento divino. A Judith de Israel alegava exemplos antigos, quando a virtude de vosso braço onipotente assistiu aos hebreus contra os egípcios; a Judith de Portugal alega o exemplo que vimos com nossos olhos no primeiro dia da restauração deste reino. E assim diz com mais propriedade que a outra Judith: Eri brachium tuum sicut ab initio. "Levantai, Senhor, vosso poderoso braço como no princípio, e confundi o poder que temos contra nós, com a virtude de vossa despregada mão". Os outros afetos da oração de Judith são todos aqueles que nas circunstâncias do caso presente podem alentar nossa esperança e obrigar vossa misericórdia. Para que eu os saiba ponderar e acerte a os persuadir como convém, desse trono do Diviníssimo Sacramento, que é a fonte de todas as graças, sede servido, Senhor, de alentar a tibieza de