E por quê? Porque no mesmo tempo era meneada por duas mãos; visivelmente pela mão de Gedeão, e invisivelmente pela mão de Deus. Do mesmo modo no nosso caso. As armas com que vencemos os inimigos, visivelmente eram meneadas pelas mãos dos nossos soldados na terra, e invisivelmente pelas mãos de todos os santos no céu: El gladii ancipites in manibus eorum. E porque estas mãos invisíveis de todos os santos eram as que principalmente nos deram a vitória, por isso conclui excelentemente o Profeta, que a glória da mesma vitória é de todos os santos: Gloria haec est omnibus Sanctis ejus.(19)Nota do Autor
Bem suponho eu logo, e devemos supor todos, que todos os Santos do céu por si mesmos podiam defender a nossa, ou a sua Bahia de Todos os Santos. Mas como Deus tinha demitido de si e dedicado a parte desta proteção e desta glória a um só santo, et propter David servum meum, nenhum outro podia ser, como foi, senão Santo Antonio, pela eminência com que este santo contém em si as hierarquias e dignidades de todos. E se na universalidade do texto de David seria grande glória de todos os santos, se todos concorressem por si mesmos para a defensa e vitória da Bahia de Todos os Santos, maior glória foi na singularidade do nosso, que a mesma Bahia de Todos os Santos a defendesse um só santo; mas um santo, que sendo um só, é todos os santos: Gloria haec est omnibus Sanctis ejus.