das naus portuguesas que iam e vinham da África como também de distribuição de escravos, — foi onde mais se desenvolveu a cultura e a adoção dos termos da Língua Brasílica e mais cresceram, em número, os recebidos da Língua Geral Africana, senão também, pelo concurso dos letrados e dos mestiços, mais se acentuaram as construções de termos novos com elementos próprios à Língua Portuguesa.
2.° — PERNAMBUCO — centro de civilização do Nordeste, onde primeiro penetrou o escravo negro e onde os Termos Tapuias do interior assoberbados pelos Termos Tupis do litoral permitiram que estes invadissem os sertões onde, com o concurso dos afronegrismos e do Português dos Colonizadores, se foram construindo Termos brasileiros mais ou menos semelhantes ou iguais aos do outros centros, senão mesmo novos e ainda correntes em nossos vocabulários sertanejos.
3.º — MARANHÃO, o menos revelado até agora e por isso havido como de menor importância, — centro de civilização do extremo Norte, onde o Nheengatu ao lado do Auanheenga, línguas que em seus territórios se falavam, deixaram, na linguagem popular, vocábulos quase intactos de transformação e onde os afronegrismos não sofreram grandes modificações, predominando assim o Português dos Colonizadores ao lado das línguas ameríndias, baetas e sudanesas em Termos brasileiros na maioria não referidos nem dicionarizados.
O Português falado nos séculos XVI, XVII e XVIII ficou (e ainda está) nessas três cidades-centros e irradiou-se mais adstrito ao do século XV e anteriores do que ao dos tempos que sucederam ao descobrimento.