BAHIANO, pois seria aventura a tentativa de fazermos o mesmo para Alagoas, Pernambuco, e ainda mais loucura o estabelecennos um classificação de detalhe que abrangesse o Norte do Brasil e ainda pior outra que abrangesse o país inteiro, — o que nos exporia a contestações razoáveis e de todo justas.
Quanto ao Folclore, procuramos interpretá-lo como sendo um misto de conhecimentos filólogicos, históricos, psícológicos, etnográficos, cabendo-nos dizer ainda:
1.° — não somos sequaz, nem filiado, nem partidário de qualquer das chamadas e pretensas escolas brasileiras, nem nos obrigamos a acompanhar "escola europeia" em assuntos de Folclore Brasileiro;
2.° — num campo muito mais vasto de tradições, cujos véus foram apenas levantados, — e isso mesmo em pouco — por Nina Rodrigues, Arthur Ramos e Silva Campos, — consideramos como primeiro e mais necessário problema, a recomposição e a reconstituição dos Mitos brasileiros, para que se tenha de um lado a Ciência Brasileira, e do outro, a Arte Brasileira do Folclore, independentes de paradigmas, de regras e de ideias geralmente impróprias e absurdas.