História das guerras e revoluções do Brasil, de 1825 a 1835

nenhuma ordem ministerial inglesa podia mais derrubar.

Mas, como era diverso o aspecto do Brasil! Que provas podia Montezuma apresentar de que a sua pátria já tinham progredido bastante para merecer a constituição que lhe queria dar? Estes descendentes de portugueses (e estes eram os mais nobres), de índios e de negros de todas as raças africanas imagináveis não podiam ainda igualar a um povo cuja indústria atingira a um grau tal, que provocava a admiração do mundo inteiro. O bravo Montezuma teria, na realidade, estreado mal no papel de Washington, se um acaso favorável, consequência do êxito de seus planos, lho tivesse conferido.

O Brasil jazia ainda acorrentado aos grilhões da superstição e do catolicismo; ainda era demasiado débil para poder erguer a cabeça fatigada e incerta; precisava ainda dum soberano; mas, este soberano não devia ser um Pedro, e sim um monarca que tivesse bastante juízo para corrigir os infinitos defeitos do seu império e, quando fosse mister, agir energicamente. Aqui deveria surgir um novo Frederico II o qual, apoiado num forte poder militar, primeiro enfreasse com as rédeas da lei aos bandos de mulatos e após cuidasse com afinco da colonização estrangeira, pois, esta não traria apenas braços para o amanho das terras ainda desaproveitadas, como também as artes e a cultura europeia.