História das guerras e revoluções do Brasil, de 1825 a 1835

CAPÍTULO XVII

Caíra o pano sobre o ato principal do drama. O autocrata do império brasileiro boiava já, expulso da sua capital, em frente ao porto do Rio de Janeiro, no Oceano Atlântico, de onde devia em breve seguir para a Inglaterra, a França, a ilha Terceira e, finalmente, para Portugal, a fim de, neste último país, na qualidade de duque de Bragança, fazer valer os direitos de sua filha, D. Maria da Gloria, à coroa da Lusitania.

Assim como a força impetuosa da tempestade, depois de haver açoitado por longo tempo as ondas espumantes, vai aos poucos diminuindo, assim também se acalmaram os ânimos exaltados e o sangue começou a correr mais lentamente nas veias da multidão amotinada. Estava conseguido um dos seus principais objetivos, com a abdicação e a fuga de D. Pedro. Alguns gritadores havia que ainda faziam soar o brado de: "Viva a República!"; mas não tardou que a parte mais sensata do povo lhes impusesse silêncio, com algumas