sinceros, os sentimentos de gratidão da escrava resgatada a todas as pessoas que haviam assistido à representação.
Esta história ocupou as conversações da cidade durante alguns dias. Cessaram de falar no caso, afinal. Mas o interesse geral continuou voltado para a jovem quitandeira. Sua dedicação inalterável por Fruchot valeu-lhe muitas simpatias, não somente no meio francês, mas sobretudo entre os que se sacrificavam mais obstinadamente aos preconceitos. Essa afeição correspondida, entre um branco e uma negra, recomendava-se por uma tal sinceridade, por tanta lealdade e segurança, que acabaram por absolver Fruchot da sua escolha.
— Ela o faz feliz! Ele fez bem, diziam.
O meu amigo entrou desde então nas condições ordinárias da vida das colônias, onde as ligações desse gênero são comuns entre os brancos. Foi aceito a viver com a sua negra, tanto quanto os que vivem com as filhas de Cabo Verde ou dos Açores.
O corretor acabava recentemente de dar à quitandeira uma prova de amor a que ela não podia deixar de se mostrar sensível.
Já esta asserção, não o ignoro, de que um branco possa seriamente unir-se a uma preta, não seria acolhida na Europa, senão com extrema reserva, tanto parece ela paradoxal. Como então o leitor admitiria que Fruchot, pobre e inteligente como era, podendo