foi logo pago, e o auto do resgate imediatamente lavrado.
Sabendo que acabava de embolsar a receita da representação da véspera em benefício da rapariga, o sr. Madrinhão não pôde dissimular a sua surpresa e o seu descontentamento.
— Mas então, a rapariga era a Manuela? exclamou ele.
— Era a Manuela!
— E eu que comprei um camarote para minha mulher e minha filha! Disse o senhor com um gesto de despeito. Tolo que fui! Contribui, sem querer, para a sua liberdade.
— O senhor já recobrou o preço do camarote na soma que lhe chegou às mãos, continuou Fruchot. Ontem o senhor cometeu uma boa ação; agora conclui um bom negócio. Não se arrependa.
Não me esforçarei em narrar a alegria da quitandeira. Há coisas que se perdem nas descrições.
Manuela correu para junto da dona da casa e pediu-lhe a benção. Despediu-se igualmente do senhor e saiu da quinta, levando as felicitações de todos os companheiros de cativeiro.
O sr. Madrinhão seguiu-a com os olhos até ao fim do caminho, sem poder conter um suspiro de pena.
— Ela é bem bonita, com efeito, murmurou ele.
Manuela entrou livre em casa de Fruchot. No dia seguinte, o jornal exprimia, em termos dignos e