Manuela tremeu pelos dias de Fruchot. Este tinha pavor por Manuela. O corretor lembrou-se então de um amigo que tinha na província da Bahia. Era rico fazendeiro para quem ele havia feito compras importantes no Rio, e que o convidara por várias vezes para caçar em sua companhia.
Outro motivo determinava-o a dirigir-se para lá.
O pai de Manuela, vendido em Pernambuco ao mesmo tempo que a filha, tinha pertencido sucessivamente a diferentes senhores. Sob a insistência de Fruchot, o fazendeiro decidiu seguir o rasto do velho. Foi bem sucedido nas suas indagações; e a carta que o corretor tinha ido procurar ao Correio no dia do nosso encontro dizia-lhe que o Antonio fazia agora parte do rebanho do sr. Miguel Pedregulho, cuja morada ficava situada a meio dia de S. Jorge. Um honrado negociante desta cidade, chamado Macedo, deveria facilitar os meios de transporte para a casa do proprietário do negro. De volta dessa expedição, ele forneceria ainda uma embarcação para o conduzir à casa de outro brasileiro, seu amigo, o sr. Pedro Clemente da Serra. Seguro dessas informações, Fruchot não hesitou mais em responder ao convite do fazendeiro. A vida de Manuela exposta, minha partida para S. Jorge, sua paixão pela caça, o desejo de juntar o pai à filha e a estagnação dos trabalhos, tudo o compelia a embarcar comigo na sumaca "Os Dois Anjos".
Tais são os detalhes que me deu Fruchot, uma tarde em que ele, deitado no tombadilho, cabeça apoiada