Em todo o caso, no meio das homenagens que eles rendem ao esplendor corporal, não imitam a forma ultrajante e o desdém grosseiro que os nativos proclamam em relação aos objetos de entretenimento passional.
Verifiquemos ainda uma vez.
O homem das zonas equatoriais, sensível à beleza física, porém dominado pelo preconceito da pele, não vê nas mulheres de cor senão um magnífico instrumento de prazer, que excita ao mesmo tempo os seus desejos e o seu desprezo.
O europeu, ao contrário, cuja apreciação é sadia, eleva por generosos meios a pobre pária que se associa momentaneamente ao seu destino. Ele não se julga quites com ela, enchendo-a de joias: paga-lhe ainda em proporção à felicidade que lhe deve.
Ela, por seu lado, habituada até então às humilhações e aos insultos, comove-se com tal conduta. Testemunha ao seu protetor um apego profundo, onde o reconhecimento figura em maior parte. O seu moral ressente-se assim das suas novas condições de existência. O abatimento em que mergulhava desaparece sob a influência de um sentimento simpático. A mulher é então revelada na negra. O amor deu uma alma à escrava.
Feita a sua fortuna, em atenção a si mesmo, o negociante recompensa generosamente a criatura que viveu a seu lado durante tantos anos. Não lhe faculta rendimentos, sem dúvida, porém entrega-lhe uma soma