suficiente para empreender um pequeno negócio, se ela quiser trabalhar.
Vã previdência de uma criatura que interrogou com terror o futuro!
Habitualmente, a mulata, quando ainda não passou a idade de agradar, gasta loucamente o dinheiro das despedidas, e volta à vida indolente que lhe proporciona um novo protetor.
Se se trata de uma negra escrava que o novo dono escolhera, ele a emancipa antes de partir, e deixa-lhe, com alguns fundos, a liberdade de dispor do seu coração.
A filha da África conserva por mais tempo a lembrança das horas afortunadas em que o amor a fizera semelhante ao branco. Não obstante, acaba sempre por desposar um homem da sua cor, um mulato, algumas vezes, que o seu modesto pecúlio seduziu.
Mais de um europeu, entretanto, reconheçamo-lo, esquece de comprar o filho nascido desse comércio que segue naturalmente a mesma sorte da mãe, se esta continua escrava.
Outros, embaídos por estúpidos preconceitos, envergonhar-se-iam de conduzir para a Europa o seu descendente de cor. Preparam silenciosamente a sua partida, esforçando-se por amortecer inquietudes legítimas. E uma noite, abandonam sem remorsos a companheira dedicada do exílio e o pequeno mestiço que tantas vezes acalentaram nos braços.