Mulheres e Costumes do Brasil

Fruchot tinha provado a maçã do amor africano, e a catinga o embriagava.

Ter-lhe-ia sido fácil, como muitos outros senhores, casar com a branca que o seu cabelo ruivo seduzisse, e ainda, o dote embolsado, abandonar a mulher legítima para retomar Manuela.

Mas Fruchot, embora corretor, conservava os seus elevados sentimentos de artista. A ideia de semelhante infâmia não podia passar pela sua cabeça.

Eis por que o meu antigo condiscípulo, feliz com a sua duquesa bronzeada (como ele gostava de a chamar), recusou o casamento que lhe haviam proposto.

Na verdade, Manuela não era indigna desse sacrifício. Quanto mais a conhecíamos, mais apreciávamos essa natureza dócil que ainda não tivera tempo de ser corrompida pelo cativeiro.

Era, sobretudo, para essa que o amor abrira largos horizontes.

A dedicação da preta fora sem limites, como o seu reconhecimento; e a sua alma, fecundada pela felicidade, atingira sem esforço os cimos luminosos que existiam na alma do corretor. Doce, afável na sua majestade natural, Manuela cercava constantemente Fruchot de cortesias e cuidados deliciosos.

Assim, durante as refeições, a mina não tocava em um prato antes dele, e cada vez que bebia, inclinava a cabeça para o seu lado com um movimento cheio de graça e de deferência.