de verniz, que interrompem uma conversação séria para entregar-se a uma prática que não ouso descrever. Em seguida, retomam o fio da palestra, como se tivessem cometido um ato natural e na forma comumente usada.
Citaram-me um fato destes, passado com um rico negociante que estava perseguindo, com suas homenagens, uma gentil vendedora francesa. Uma tarde, conversavam ambos animadamente. Depois de uma frase das mais ternas, o negociante vira a cabeça e zás! Nem precisou do lenço, nem de nada. A vendedora ficou uns instantes perplexa. Depois, dando uma risada, contentou-se em dizer ao seu admirador:
— Aprenda, senhor, que ao se fazer a corte a uma francesa nunca se deve esquecer o lenço.
E bateu-lhe com a porta na cara.
Já que se conhece o capitão Vermelho, continuo.
A comida é detestável a bordo dos navios de comércio brasileiros, para os franceses, bem entendido. Consome-se nesses navios uma quantidade extraordinária de bacalhau, como nas embarcações belgas e holandesas. Mas o prato fundamental é representado por enorme feijoada, que se compõe invariavelmente de carne seca e feijão preto muito feculento. Esse prato nacional não seria precisamente mau, se o toucinho que serve para sua preparação fosse de boa qualidade.
No Rio de Janeiro comi uma feijoada feita com lombo de porco de Minas Gerais, nada desprezível.