encontrar-se-á diante de nova raça latina formidavelmente organizada. O protestantismo, expansivo como a liberdade, chocar-se-á de novo com o catolicismo mergulhado na fé ardente que ocasiona o sucesso, e pela transfusão de um sangue jovem e generoso.
Essas duas raças e essas duas religiões combaterão, uma contra a outra, em nome do direito e da justiça, pelo domínio do novo continente.
Debaixo de que bandeira se colocará a vitória?
O futuro o dirá.
Acabamos de constatar os efeitos. Agora vamos mostrar as causas, expondo o papel apagado, humilhante, vergonhoso, que se impõe aos homens de cor, no Império sul-americano.
O preconceito do nascimento, que foi tão poderoso entre nós até a revolução de 89, não representaria senão imperfeitamente o antagonismo que separa as populações nos países em que reina a escravatura.
O preconceito da pele estabelece duas categorias de indivíduos bem distintas, duas nações reunidas em uma só nação.
Reparem que não me refiro aqui a essa raça infortunada — verdadeiro rebanho humano — cuja opressão é autorizada por uma legislação anti-cristã.
Trata-se, em falar de cativos, de filhos da mesma terra, cidadãos do mesmo estado, pessoas que têm os mesmos direitos, segundo a Constituição, e que a lei trata com absoluta igualdade, salvo raras exceções.