Os capitães banqueteavam-se à vontade. O vinho do Porto, que Manuela lhes servia generosamente, amenizou por tal forma a natureza feroz desses policiais, que pudemos tirar proveito do momento em favor dos prisioneiros.

— Nada poderemos recusar à filha do ilustríssimo Sr. João Vicente do Bom Jesus, oficial do guarda-roupa de Sua Majestade D. Pedro II, respondiam eles a cada pedido nosso. Obtivemos assim que Lázaro pudesse lavar os ferimentos do chefe monhambala, e lhe desse, assim como ao velho pajé, algum alimento.

Tão enternecidos ficaram com a cachaça, que não se opuseram nem mesmo que puséssemos um charuto na boca de Gregório.

— Vamos! Que fumem o seu charuto, já que assim desejam os amigos de Sua Excelência a senhora do Bom Jesus, declarou Francisco Valcoreal, inclinando-se diante da negra.

— Ou bem se é cristão, ou bem se o não é, observou, por sua vez, o Sr. Carlos Santa Maria. O assassino não deixará de ser enforcado por ter fumado um charuto ou bebido um copo de vinho.

Puseram-se, então, a contar-nos as proezas da manhã.

Havia uma semana que os dois capitães percorriam o sertão e a floresta atrás de Gregório. Mas faltavam meios de descobrir as pegadas do assassino do Sr. Rebentão.