— Sem dúvida! Sem dúvida! responderam os mulatos ao mesmo tempo.

— Pois bem, sejamos lógicos. Um branco dessa ordem não pode ter uma filha negra, o que seria inverossímil. D. Manuela, apesar da cor de sua pele, é branca como seu pai e, à vista disto, nada impede que vossas senhorias se sentem à sua mesa.

O estomago dos capitães, está visto, aceitou esse acordo com reconhecimento.

E a paz restabeleceu-se entre nós.

Os mulatos ainda tinham que se desculpar pela sua retirada injuriosa. Cumularam Manuela de honrarias, pedindo que os desculpasse não terem sabido mais cedo da sua ilustre linhagem.

Algumas palavras acertadas fizeram com que Fruchot e a negra ficassem ao corrente da minha inocente mistificação.

— Falarei de vossas senhorias ao meu amigo, o oficial do guarda-roupa imperial, e prometo-lhes, de antemão, a sua poderosa influência junto ao imperador, disse o corretor com um gesto magnífico.

Manuela suspirou. Pensava nas verdadeiras condições de seu pai. Mas um olhar de Fruchot bastou para a fazer cair em si.

Fruchot ria-se a bom rir. Para lhe agradar, a mina aceitou corajosamente o papel que lhe fora imposto.

Ao cabo de um instante, cada um de nós havia recuperado o seu bom humor.