Mulheres e Costumes do Brasil

Os capitães não lhe deram tempo. Enquanto um deles se apressava em amarrar as pernas do pajé com a mesma corda que já ligava as mãos, o outro galopou no cavalo para impedir a passagem do africano.

O preto era Gregório, que parecia ter asas nos pés. Adivinhando a intenção dos mulatos, redobrou de esforços e atingiu as primeiras árvores. Foi então que um tiro alcançou sua espádua, sem o abater, no entanto. O sangue do ferimento serviu de pista contra o assassino. Os mulatos puderam então alcançá-lo antes que se enfurnasse nas matas. Gregório, vendo-se cercado, e compreendendo que toda a fuga lhe seria baldada, guiou-se apenas pelo seu desespero. Virou-se para trás, fazendo frente aos seus agressores, armado apenas de um pau. A luta durou um quarto de hora. Ferido no ombro, e depois no peito, a seguir na coxa, Gregório, extenuado pela perda de sangue, resolveu entregar-se.

Segundo os capitães, Gregório agravava o crime, acusando a senhora Brígida.

Essa versão de uma ordem dada aos escravos pela vingativa senhora, e propagada pelos negros, não passava de calúnia.

— Como se estes cachorros tivessem necessidade de ser provocados para praticar um assassínio, observou o capitão Santa Maria. Aliás, de que lhes servirá esse meio de defesa, se a senhora garantir, por seu lado, que não odiava o marido e que Gregório é um