em uma árvore, indicavam que os botocudos, temerosos de uma descoberta, fugiram precipitadamente.
Um dos filhos do fazendeiro, depois de ter atentamente examinado a cabeleira esquecida, pensou reconhecer nela a cor alourada dos cabelos de sua irmã. Apoderou-se desse despojo querido, e com ódio no coração quis continuar sozinho a perseguição aos índios. Tiveram muito trabalho para o fazer compreender a insensatez do projeto. Deixou-se levar afinal e continuou a retirada com os seus companheiros.
O insucesso dessa expedição e a ideia da sorte que os botocudos haviam infligido às suas filhas acabrunharam o pai e arrastaram a mãe ao túmulo.
A fazenda foi abandonada.
Somente dois anos depois deste acontecimento é que se veio a conhecer o destino das três moças.
Um bando de botocudos deixou-se surpreender pelos "soldados da conquista". Os selvagens que conseguiram atingir a tempo o interior da floresta tombaram ao chumbo dos brasileiros. Fizeram-se seis prisioneiros, que revelaram o abominável atentado.
A cabeleira encontrada e os ossos que estavam por terra pertenciam realmente à infeliz moça que a expedição procurava. Desvendou-se igualmente o fim das outras duas irmãs. A explicação dos índios era apavorante.
Seu chefe, guerreiro bravo e pajé temido, querendo dar mais solenidade ao ato da Iniciação, decidiu que ela seria seguida de uma grande festa.