certamente ao escravo a esperança de iludir a vigilância dos inimigos. A vizinhança dos animais, enfim, fornecia-lhe meios de realizar o seu projeto.
Eis o que conclui de tudo isso.
Mas a corda que prendia as suas mãos às costas e o retinha pelo meio do corpo unido a uma árvore, a corda que o capitão Santa Maria acabara de examinar cuidadosamente, como teria podido o negro cortá-la ou desfazer o nó?
A resposta não se fez esperar.
A luta, no entanto, apresentava-se com um caráter feroz e inaudito.
Francisco Valcoreal já tinha um pedaço da bochecha arrancado, quando seu camarada correu a socorrê-lo.
Gregório, seguro pela garganta, encostou uma das mãos ao tronco dum oiti com a intenção de se apoiar um pouco. O punhal de Santa Maria atravessou logo a mão do negro e a fixou de encontro à arvore.
Era horrível o espetáculo.
Precipitei-me para os combatentes, protestando em nome do espírito de humanidade. Mas as minhas palavras nem foram ouvidas. Mulatos e negro não se davam tréguas.
A voz do corretor e de Manuela, de entonação imperiosa, chamou-me para junto deles. Outra cena desse drama da escravidão passava-se atrás de mim, enquanto eu intervinha a favor de Gregório.