pagas. Os interesses materiais mais caros eram ameaçados e este partido, que se mostrava estimulado pelo exemplo da independência dos Estados Unidos e dos precursores da Revolução Francesa, soube habilmente aproveitar-se de todos os meios revolucionários para procurar, desde então, implantar a independendência da colônia ou a proclamação de uma república brasileira. Um dos chefes dos conjurados, Joaquim José da Silva Xavier, cognominado o "Tiradentes", oficial da milícia de Vila Rica, ergueu num almoço público um brinde à Independência de Minas Gerais e a do Brasil. A maior parte dos circunstantes aplaudiu.(94) Nota do Autor e o poeta Alvarenga Peixoto chegou a improvisar uma bandeira nacional e fazer um apelo às armas.(95) Nota do Autor Não se chegaria a tais extremos. Menezes já soubera da conjuração, mas a subestimara e seu sucessor, Barbacena, a quem o coronel Joaquim Silvério dos Reis havia traído o segredo da conspiração, tratou logo de agir com o máximo rigor. Acreditou que tiraria aos sublevados todos os motivos de se levantarem, dando-lhes a certeza de que a derrama não seria feita. Mas em 1789, quando o chefe da conjuração, Silva Xavier, voltava do Rio de Janeiro, aonde fora à procura de novos prosélitos seu projeto foi denunciado ao vire-rei Luís de Vasconcelos. Este determinou a prisão imediata de Silva Xavier e ordenou ao visconde de Barbacena de lhe entregar os outros acusados e vir ele próprio se desculpar. Barbacena