contém as poesias anteriores à prisão do poeta: cantam seus amores, a beleza de Marília e a felicidade que o seu pastor desfruta. A segunda, composta na prisão e escrita sobre materiais cuja utilização lhe foi ensinada pela necessidade, (veja-se a descrição destes ensaios na primeira "Lira" da segunda parte) encerra as queixas dirigidas a sua amante. Ele aqui deplora a felicidade perdida, protesta sua inocência, descreve seu estado e assegura que apenas a ideia de amá-la foi que o impediu de se suicidar. Consola-se, pensando que sua inocência será reconhecida cedo ou tarde e que, em todo o caso, estes cantos tornarão imortal seu amor, seu nome e o de Marília. (124) Nota do Autor
Gonzaga atingiu seu objetivo, pois que no Brasil e em Portugal poucas são as pessoas interessadas na poesia, que não sabem de cor as estrofes apaixonadas de Dirceu a Marília, principalmente as da primeira parte, a que ele deu altura pelo encanto das imagens, o tom verdadeiramente romântico, a harmonia da dicção e a leveza da versificação, entre as produções