O Brasil literário: História da literatura brasileira

maioria pela continuidade das relações com este país, mas esta proclamação não era mais que uma questão de tempo e uma simples formalidade, pois a independência, de fato, fora proclamada em 1808.

Foi o que reconheceu o príncipe-regente e, unicamente para conservar a dinastia no Brasil, resolveu ficar e salvaguardar os interesses do país contra as decisões hostis das cortes. Para dar prova de suas disposições, nomeou a 16 de Janeiro de 1822 José Bonifácio, que viera de São Paulo, presidente da deputação desta província, ministro da justiça e do interior e do exterior e, mais tarde, seu irmão Martim Francisco (167) Nota do Autor ministro das finanças. Os dois irmãos exerceram, desde então, por seu valor pessoal e suas ligações com as sociedades secretas, a maior influência sobre o gabinete de Dom Pedro e os acontecimentos que se seguiram.

Assim, a conselho de José Bonifacio, convocou-se uma assembleia composta de procuradores gerais das províncias do Brasil. As sessões foram abertas a 10 de fevereiro de 1822. Este corpo não era ainda uma assembleia constituinte, mas continha em si os germes dela, pois que tinham a forma de um Conselho de Estado e proeminência sobre todas as outras autoridades.

A 3 de junho de 1822, D. Pedro convocou a Constituinte e, como as cortes de Lisboa perseverassem na sua atitude hostil, e ameaçassem submeter o Brasil por força das armas, o príncipe regente pronunciou, na planície do Ipiranga a 7 de setembro de 1822, o grito célebre que fez do Brasil um império independente.

D. Pedro voltou, então, ao Rio de Janeiro como imperador constitucional do Brasil e depois da expulsão