Vicente para defender a causa dos índios e obter o resgate dos prisioneiros. Fez-lhe ver, além disto, como é urgente escrever imediatamente a Lisboa e Bahia e levar o comandante Mem de Sá a enviar gente para fundar uma cidade e prevenir-se dos franceses. Nóbrega decide-se a partir; Anchieta fica junto aos índios.
O poeta começa o canto décimo e último por uma apóstrofe a Anchieta. Celebra as virtudes deste missionário verdadeiramente apostólieo; mostra-o ganhando os indígenas para o cristianismo, cuidando de suas doenças, e em suas obras de misericórdia. Por toda a parte o seu exemplo, sua conduta tão nobre encontram o caminho do coração destes filhos da natureza.
Emprega as horas de ócio, cantando em latim os louvores da Virgem, inspirado pelas ondas do Carioca, que, segundo a tradição, tornam a voz melodiosa. O poeta, afastado de sua pátria, aproveita esta ocasião para exprimir o desejo de exalar um dia seu último canto na margem deste rio. Celebra também a maioria dos mais ilustres dos poetas nacionais e nomeia, com respeito, Caldas, São Carlos, Alvarenga, Durão, Basílio da Gama e Cláudio Manuel da Costa.
Anchieta ficou uns cinco meses entre os indígenas e nenhuma novidade de Nóbrega chegava. Este atraso submetia a paciência de Aimbire a uma rude prova, tanto mais que os franceses o induziam a não esperar mais; mas o receio de quebrar sua palavra dá-lhe a força de domar a impaciênncia sempre crescente dos seus e a sua própria.
Enfim, Anchieta anuncia-lhe que uma inspiração divina fe-lo certo da chegada de uma mensagem de paz em três dias. Ao terceiro dia, eles veem com efeito