O Brasil literário: História da literatura brasileira

Rocha, quando chegaram a Paris em 1834, Antônio Carlos de Andrada e Luís Menezes Vasconcelos Drummond. Este último ofereceu a nosso artista vinte e cinco mil francos para continuar seus estudos. Porto Alegre não aceitou mais que quatro mil, e com isto e o que recebeu de sua casa, partiu para a Itália, onde ficou por um ano. Fez esta viagem com seu amigo de infância, Magalhães. De volta a Paris, em 1835, soube que, sobretudo graças ao bispo do Maranhão, lhe havia sido concedida uma pensão, que o ministro, desta vez, sancionara. Quis fazer uma viagem para a Bélgica e a Inglaterra, quando recebeu, em 1837, a notícia de que tinha começado a Revolução (1836) em sua terra natal e que teve, em consequência, uma guerra civil que teve a duração de dez anos. Partiu logo para proteger sua velha mãe e chegou no mesmo ano ao Rio de Janeiro, quando a chamou para a sua casa.

Logo após, era nomeado professor na Academia de Belas Artes, que era o domínio exclusivo dos franceses e onde ele era o único brasileiro. Sua situação era muito difícil e teve muito que lutar contra as intrigas e os ciúmes de seus colegas. Além disto, o Brasil tinha recaído em tão grande agitação política, que não se pensava em mais nada, de sorte que Porto Alegre teve que recorrer, de novo, ao retrato.

Enfim, em julho de 1840, o imperador D. Pedro II foi declarado maior. O general Paulo Barbosa da Silva foi encarregado dos preparativos da coroação e uniu-se a Porto Alegre. Este tinha atraído a atenção deste dignatário por sua restauração do teatro de São Paulo que decorara tão pomposamente, além de melhorar-lhe a acústica.