pôr fim à sua desgraça. No seu leito de morte, recobrou a razão e conjurou-me de nunca mais escutar palavras de amor ditas por homem. A maldição de seu pai cumpriu-se assim sobre a minha mãe. Ela logo morreu de dor. Em agonia, fez-me jurar que repeliria qualquer declaração de amor, que nunca daria a nenhum homem a mínima esperança. Prometi e minha mãe morreu repetindo: "nunca". Depois deste acontecimento, deixei esta região de dores e dirigi-me para esta paragem, ainda mais solitária, para manter fidelidade ao meu juramento. Devo dar-te a resposta final: não posso mesmo fazer-te esperar que eu te atenda um dia."
Foi em vão que o "Trovador" suplicou à "Peregrina". Ele protestou a pureza de seu amor, mas ela não quis dar lugar no seu corarão ao que não fosse amor de Deus e do que há de divino na natureza. Sente-se feliz com estes sentimentos. Desesperado, o "Trovador", anuncia que se ela se recusa a ser seu anjo, ela será seu carrasco, que sua dureza o levará ao suicídio. Diz-lhe adeus e pede que console sua mãe, chorando com ela.
A "Peregrina" censura, então, o "Trovador" por seus pensamentos criminosos, sua fraqueza tão pouco digna de um cristão. Ele se deixa levar por um acesso de amor, do qual ela se evade pela fuga. Atira-se em seu encalço, choca-se de encontro a um túmulo e afasta-se todo sangrento.
Desperto de seu desmaio, pelo ar fresco da noite e o orvalho, o "Trovador" encontra-se só, envolvido de túmulos e poeira. Só a lâmpada espalha alguma claridade. Tudo lembra a morte e o seu coração parece disposto a padecê-la. Abandona-se a este pensamento e abisma-se, por completo, em sombrias meditações. De repente, começam a ouvir-se passos na capela, a chama se reanima ele percebe uma mulher como a que a