tradição descreve a manter acesa a lâmpada. O "Trovador" sente-se arrastado para a aparição que pára com o objetivo de esperar. Um passo os separa, a lâmpada ilumina seus traços; reconhecem-se. "Meu filho!", "Minha mãe!" gritaram, precipitando-se um nos braços do outro. Mas aquele encontro, depois de dez anos de separação, em tal lugar e em tal oportunidade e semelhante futuro, uma separação bem mais longa em algumas horas! A alegria da mãe é curta; a voz do filho só lhe anuncia o desespero, a sua resolução de pôr fim a uma vida insuportável. É em vão que ela desenvolve toda a eloquência, de que o amor materno é capaz. É em vão que dirige a seu filho as recriminações mais ternas e lhe mostra o seu desespero; e ele, preso de uma fúria de amor, anuncia-lhe sua decisão irrevogável: "Quando a lua ainda brilhante desaparecer atrás das sombrias montanhas, eu me precipitarei do alto da rocha negra, no mar espumante." Nuvens espessas ocultam, então, a lua. A lâmpada se apaga e trevas profundas passam a envolver toda a região. A mãe procura reter seu filho, com ansiedade, que foge como um furioso. Só o eco responde aos seus gritos de dor; com a força do desespero, atira-se nas trevas à sua procura.
O quinto canto tem por título "A Mãe". Descreve os esforços do amor materno para salvar o filho. A mãe do "Trovador" encaminha-se em meio das trevas para a casa da "Peregrina", na esperança de que a dor de uma mãe desesperada acabasse finalmente por tocar o coração da jovem. A "Peregrina" tinha visto em repetidos sonhos a vingança da "Nebulosa" e os sofrimentos inauditos da mãe do "Trovador". Um pavor crescente a despertou. Ouviu batidas na porta, e a "Peregrina" viu entrar esta desgraçada, como um sonho a havia descrito. Esta procura persuadi-la