No momento em que a aparição se reencontra com ele, pensa na felicidade que o esperava se a sua amada o escutasse e aparecesse diante dele para confessar seu amor. De repente, ergue a cabeça, vê o fantasma branco, acredita o seu sonho realizado, levanta-se e diz: "És tu?" Mas não era ela. Era a "Douda", enfeitada como uma noiva, estendendo-lhe a mão e dizendo: "Vês bem que eu acabo de falar: já é meia-noite. Esperavas por mim? Vim para morrer contigo, de acordo com minha promessa. Segui a voz de meu coração, as ordens da "Nebulosa", e o apelo de toda a natureza: o céu, o mar, a floresta, tudo pronuncia a palavra fatal: "Morre!" Chegou a hora de meu triunfo. A lua vai desaparecer, iremos para o Império da Nebulosa. Queria, no entanto, chorar mais uma vez ainda, antes de morrer. Permita que eu ouça as doces harmonias da harpa, do "amor que fala". O "Trovador" mostra-lhe tristemente os restos deste instrumento. A "Douda" rompe então em queixas e censuras:
N'um ponto só nos distinguira a sorte:
Tu foste amor de apreciados cantos,
E eu sou amor de lágrimas perdidas
Ambas harpas de amor, eu só mais triste.
Tu, que ímpio ousaste contra a negra rocha
Em pedaços fazer a harpa do gênio;
Tu, que no mundo a mãe tão carinhosa
A sós deixaste em horridas torturas;
Tu, que a pátria esqueceste, honra e virtude,
E o próprio Deus no suicídio ultrajas;
E tudo e tanto porque cego aos raios
De beleza cruel em paixão louca
Da ingratidão o fel tragaste horrível;
Trovador, Trovador, tu que experimentas
Quanto é fero esse amar sem ser amado,
Que dirias se inesperada visses
Aos olhos teus, qual tu, votada à morte
De teu rigor uma estremosa vítima?...