à praia seu corpo inanimado. Miriba, orfã e estrangeira neste país, aceitou logo a proposta que lhe fiz de procurar um asilo em casa de minha mãe. Porém, ela não quis abandonar os restos da que lhe havia dado a vida. Tomei-os e levei-os com enormes esforços e com o auxílio da jovem para perto de minha casa, onde os enterrei sob uma cruz". Corimbaba mostrou esta cruz a seus amigos e deteve-os enternecido ainda pela lembrança da mãe infeliz.
No terceiro canto, Corimbaba descreve o nascimento de seu amor por Miriba e esta deixa sentir que é correspondido. Diz ao índio que seu pai e sua mãe tinham se conhecido nesta aldeia e que, depois do casamento, se dirigiram a São Sebastião, onde ela cresceu. "Faz três anos" continuou a moça, "que meu pai embarcou para Portugal, mas o navio afundou e ele provavelmente deve ter perdido a vida no mar, pois não se teve mais notícias dele. Minha mãe decidiu embarcar para o Rio de Janeiro, sua cidade natal que ela não deveria alcançar senão morta".
Corimbaba sente-se feliz por ter podido, enfim, reunir-se àquela que ele ama e de ter certeza de seu amor.
Mal concluiu este relato, viu uma pomba acossada por um abutre. Um rapaz a atingiu, a ave cai e sua presa é salva. Exausta, ela se precipita sobre um coqueiro, mas uma serpente a agarra. O jovem arqueiro tudo percebe e atingede uma vez só o réptil e a pomba. Então Coapara, velho de oitenta anos, grita "Mau agouro num dia de noivado!"
A festa mesmo assim continuou. Os convivas dirigiram-se, ao entardecer, para a casa dos noivos, onde se rejubilaram com cantos e danças. Entrementes, formara-se uma tempestade que com o cair da noite, irrompeu com tal violência que as canções cessaram e os convidados puseram-se a entoar hinos para implorar