e o velho responde contando a sua história. O solitário havia atingido a idade extraordinária de 130 anos. Degredado de Portugal aos 40 anos, viera ao Brasil, onde combatera contra os holandeses, mas tinha-se retirado para a floresta a fim de levar uma vida de eremita. Perdera suas riquezas, sua mulher e seus filhos, seus amigos abandonaram-no. Ele detesta este mundo em que reinam a falsidade e a injustiça e fugiu dele para sempre. Aqui o poeta fê-lo pronunciar uma longa diatribe composta unicamente de lugares comuns e fazer reflexões místicas sobre o bem e o mal. Corimbaba pergunta então ao velho se ele pode predizer o futuro. Este responde-lhe que é incapaz disto, mas que o oráculo que habita um antro vizinho pode atendê-lo. Este antro é chamado Itaúna pelos que nunca o viram, mas as pessoas que o conhecem chamam-no de "Das meditações Caverna sacra".(279) Nota do Autor O solitário induz o índio a dirigir-se para ela, se tiver coragem, a consultar o oráculo, depois voltar para contar o que viu e ouviu. Corimbaba tomou o caminho do antro que o eremita lhe mostrara.
O canto quinto e último encerra, de início, a descrição da visita de Corimbaba à caverna. Ele vê uma série de aparições fantásticas e alegóricas, enquanto o