precipita-se na casa, afunda a espada no seio de Miriba, atira-se contra seu pai, que se põe na defensiva. Mas a jovem grita: "Perdoe, meu pai! É meu esposo!" O índio e o português deixam cair as armas e todos repetem apavorados: "Seu esposo! Seu pai!" A mãe de Corimbaba acorre, rompe em injúrias contra o filho e só a intervenção de Miriba a impede de amaldiçoá-lo. Este ergue um grito e cai desfalecido, enquanto erguem sua esposa infeliz. O índio sai do letargo e fixa os olhos, sem lágrimas, na desditosa vítima de sua cólera cega, das inspirações do ciúme. Compreende, então, o sentido terrível das advertências do eremita, das palavras do oráculo:
"Este, que antes de atirar, olha bem o seu alvo, dará sempre a vida à inocente pomba e a morte à serpente. Porque ele não quis, ele deu a morte ao inocente, mas o culpado parece que não lhe sobreviveu. O cíúme é a serpente, o amor a pomba! Ele lhe deu a vida, ele a matou".
Corimbaba compreendeu o oráculo. A fatal serpente era o ciúme. A pomba inocente, Miriba. O oráculo havia dito:
"No mesmo lugar, morreu a mãe da pomba, perto de seu ninho que ela tanto amava. E aquele que havia dado vida à pomba, deu-lhe a morte, perto do ninho da mãe".
Com efeito, a mãe de Miriba estava morta ali. Corimbaba tinha salvo a moça do naufrágio, mas lhe havia dado a morte, perto do lugar de nascimento de sua mãe.
As últimas palavras do oráculo ressoam no peito de Corimbaba:
"Maldição àquele que dá ouvidos à voz da serpente! Maldição ao que não se detém nos transportes da cólera pelo freio da salutar prudência."