seguinte, o nível do rio chegava até mais de um pé de distância da extremidade dos sulcos produzidos pela chuva; a terminação brusca destes marcava, portanto, a linha em que -as águas de escoamento haviam, no dia anterior, atingido as do rio.
"Repiquetes"
Uma ou duas semanas antes de embarcarmos de novo, chuvas torrenciais caíram quase regularmente todas as tardes, prolongando-se frequentemente até o dia seguinte, e então principiaram a dar-se no nível da grande artéria essas oscilações a que a gente da terra chama "repiquetes", e que, no Alto Amazonas, precedem a cheia invernal de cada ano. A primeira se faz sentir em Tefé lá para os fins de outubro e são acompanhadas de chuvas quase diárias. Ao cabo de uma semana, mais ou menos, o rio baixa de novo; depois, durante dez ou doze dias, sobe para descer mais uma vez depois de passado o mesmo prazo. Às vezes, há uma terceira oscilação, mas o mais frequente é que o terceiro "repiquete" seja o começo da cheia persistente de cada ano.
Encontramos a bordo do "Içamiaba" o Sr. Bour-get, que voltava de Tabatinga trazendo belas coleções. Como os exploradores do Içá, ele também teve de se restringir na escolha, por falta de álcool. Mas o que pôde colher não foi menos precioso, tudo muito em ordem e rico em espécies quer das águas do Marañon, quer das do Javari (124)Nota do Tradutor. É, portanto, uma rica colheita para que contribuíram todos os grandes afluentes do Amazonas superior, compreendidos entre os limites do Brasil e o Rio Negro. Somente o Purus deixou de ser explorado; faltaram para tanto força e tempo.