bacias do Amazonas, do Rio da Prata e do Orinoco se confundem na vertente oriental dos Andes.
Mas, se, no ponto de vista geográfico, há homologia entre o Amazonas e o São Lourenço, entre o Rio da Prata e o Mississipi, o caráter local estabelece, como já disse, uma semelhança no ponto de vista geológico entre a Bacia do Mississipi e a do Amazonas. Ambas receberam um suporte de camadas de calcário sobre o qual se vieram acumular os sedimentos mais recentes; de sorte que, pelo traço predominante de sua estrutura geológica, ambas podem ser consideradas como bacias cretáceas contendo extensos depósitos de data muito recente. Temos tudo ou quase tudo que aprender sobre a história do vale amazônico nos períodos que se seguiram imediatamente à idade do cretáceo. Estão os depósitos terciários escondidos sob as formações mais modernas? Faltam em absoluto, e teria a bacia sido levantada acima do nível do mar antes do período por eles caracterizados? Ou, então, foram eles varridos pelas formidáveis inundações que certamente destruíram grande parte da formação cretácea?... O fato é que nunca foram observados em parte alguma da Bacia do Amazonas. Tudo aquilo que os mapas geológicos representam como terciário, nessa região, é assim figurada em consequência de uma exata iden-tificação dos estratos que, na realidade, pertencem a um período mais recente.
Está longe de ser coisa fácil fazer-se um estudo extenso e minucioso do Vale do Amazonas. A dificuldade ainda aumenta grandemente pelo fato de que os depósitos inferiores só são acessíveis nas margens do rio, durante a época da vazante, isto é, durante a estação seca, quando as águas, baixando de nível no leito, deixam a descoberto grande parte das margens. Por felicidade, os quatro primeiros meses de minha viagem (agosto, setembro, outubro, novembro) eram justamente aqueles em que as águas se achavam mais baixas. Atingem o mínimo em setembro e outubro, e começam a subir em novembro. Tive, pois, quando subi o rio, excelente