Volta a Monguba. Parada devida às chuvas
12 de abril. — No dia dez chegamos a Monguba e passamos o dia e a noite em casa dos nossos recém conhecidos, os Franklin. Desejávamos partir na manhã seguinte, às seis horas; mas, com os cavalos já na porta e os burros carregados, a chuva recomeçou. Acreditamos dever aguardar que ela cessasse; mas, infelizmente, os aguaceiros se sucediam e a água caía em massas compactas. Isto durou até o meio-dia; a essa hora, houve uma estadia que nos prometia bom tempo e pusemo-nos a caminho. Eu por meu lado não estava lá muito tranquila, pois me recordava dos pequenos riachos que havíamos atravessado e que deviam estar agora cheios e torrentuosos. Por felicidade nossa, antes de chegarmos ao primeiro, encontramos dois negros que nos avisaram que o caminho estava inundado. Convencemo-los de voltarem conosco, segurando a rédea do meu cavalo. Quando alcançamos o local perigoso, o seu aspecto estava realmente assustador: a estrada desaparecia debaixo d’água até uma considerável distância, precipitando-se aquela em violentas ondas, numa correnteza muito forte. e não se encontrava o fundo, em muitos pontos, senão a uma profundidade de quatro ou cinco pés. Se esse solo fosse firme e fornecesse um ponto de apoio bastante resistente, não teria sido nada nos molharmos, mas o leito escavado pelas chuvas estava todo esburacado e revolto; os animais afundavam inopinadamente, desapareciam até o pescoço, e só tomavam pé empinando e mergulhando de novo. Atravessamos assim quatro riachos: um negro guiava o meu cavalo; um outro marchava na frente para se ter certeza de poder passar sem correr o risco de desaparecer sob as águas, e os cavaleiros vinham atrás em fila cerrada. Esses riachos, excessivamente rasos para que os nossos animais pudessem nadar e cujo leito era tão desigual que o perigo de