interesse tomado pelo nosso país no progresso dos conhecimentos úteis e liberais.
Resolvemos que, ao nos aproximar das costas do Brasil e antes de nos separar da expedição, é do nosso dever exprimir a nossa admiração pelo caráter pessoal e político do chefe desse vasto Império, que se pode colocar acima de todos os demais soberanos como um modelo de inteligência, virtude e devotamento ao bem público.
Resolvemos que não é possível terminar esta primeira parte de nossa viagem sem apresentar ao capitão Bradbury e seus oficiais os nossos formais agradecimentos, pela habilidade com que dirigem o seu navio e seu devotamento constante ao bem-estar dos passageiros.
IV
ESTRADA DE FERRO D. PEDRO II
A parte que tomaram os engenheiros norte-americanos nesse grande empreendimento decide-me a resumir aqui a sua história.
Em 1852, foi promulgado o decreto que concedia a uma ou várias companhias a construção parcial ou total de uma estrada de ferro partindo do Município do Rio de Janeiro e atingindo os pontos julgados mais vantajosos das províncias de Minas Gerais e São Paulo. Uma sociedade se organizou com o capital de 38.000 contos de réis (95.000.000 francos); o seu projeto era construir um trecho de cerca de 108 quilômetros entre o Rio de Janeiro e o Rio Paraíba. Foi assinado um contrato com um engenheiro inglês, Sr. Edward Price, para a construção da primeira seção, do Rio de Janeiro a Belém (62 km). Para a construção da segunda seção, na