de transporte da expedição, que se compunha de 17 pessoas, entre as quais duas senhoras. Simples cidadãos, companhias e governos, americanos e brasileiros, rivalizaram em generosidades, boa vontade e respeitosa dedicação para com a ciência. Não houve cuidados e provas de simpatia, quase sempre das mais positivas, que o Sr. Agassiz e seus companheiros não houvessem recebido, desde a sua partida de Cambridge até o seu regresso.
Antes de Agasiz chegar ao Brasil, já um observador, em seus passeios nos arredores do Rio de Janeiro, havia notado desde muito que numerosos blocos erráticos, que lhe lembravam perfeitamente as descrições do mesmo fenômeno nas regiões da Europa e da Norte América, mas, não se fiando em si mesmo, limitara-se a comunicar a sua opinião ao Sr. Agassiz, pedindo-lhe que viesse em pessoa observar o local. Esse observador, que outro não é senão o Imperador do Brasil, D. Pedro II, logo que o Sr. Agasiz desembarcou, levou-o à Tijuca, que fica a alguns quilômetros da Cidade do Rio de Janeiro; lá se achava grande quantidade de blocos erráticos, sem qualquer espécie de relação com a rocha subjacente.
Nesses países tropicais, os agentes atmosféricos atacam rapidamente as rochas, mesmo as mais duras, e as decompõem penetrando até grande profundidade da superfície; de sorte que, às vezes, é bastante difícil distinguir as decomposições in situ das rochas do drift. O Sr. Agassiz reconhece, porém, perfeitamente, não só na Tijuca, como em muitos outros pontos da Província do Rio, e notadamente nos numerosos cortes da Estrada de Ferro D. Pedro II, por sobre as rochas que conservam sempre uma linha ondulada, lembrando as rochas "acarneiradas" dos Alpes, um drift dos mais bem caracterizados, que começa quase sempre por uma pequena camada de seixos, ocupando as superfícies irregulares