Os mitos africanos no Brasil: ciência do folclore

desviando-a tanto quanto possível da corrução dos termos no Rio de Janeiro, onde mais se pervertem suas acepções e suas pronúncias e onde mais se os adultera e até se os inventa para satisfação de uma febre de sambas e de macumbas sem quase mais nada de afronegros.

O Tupi é o cavalo de batalha de nossos chamados indianistas.

De fato essa Língua concorreu, como era natural, com um certo vocabulário, mas, — não necessitamos mentir. — somente José de Anchieta e Gonçalves Dias penetraram que havia sutilezas que deviam ser vistas por prismas diferentes dos de até então, — o que ninguém fez até agora.

No Tupi dos Indianistas brasileiros, o que se vê é mais Guarani, — língua desconhecida no Norte. — senão mistura de ambas, razão porque não pequenos e em parte judiciosos são os protestos dos que viajam e vivem nas terras equatoriais, ora se insurgindo contra a Língua Geral Brasílica, justamente a que deu o maior número de vocábulos em uso no Brasil inteiro e a que chamam Língua Artificial dos Jesuítas, Tupi da Praia, Tupi da Bahia e Tupi da Costa Bahia-Maranhão, ora querendo se adote o Nheengatu como regulador na correção dos Termos brasileiros por ser a língua mais falada nas selvas da Amazônia.

Apesar do muito que se há conhecido, o Tupi ainda é uma interrogação nos estudos linguísticos e será enquanto não se desvendarem ou não se descobrirem chaves que iluminem o que de belezas ela é na formação dos vocábulos telegraficamente interpretados e em muitos casos sem nexo pelo empenho tão só de se relegarem no esquecimento, como se nunca houvessem existido, os Dicionários feitos no século passado no Bahia e no Maranhão,

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