onde também, como no Pará, as Gramáticas da Língua Geral e do Nheengatu foram sepultadas.
Não poucas vezes temos nos insurgido contra semelhantes processos de interpretação de alguns de nossos Indianistas e trazido a lume estudos sobre segredos do Tupi, pois estamos certos de que a missão principal desses homens seria: —
a) revelar que muitos vocábulos havidos como portugueses são idênticos ou parecidos com os tupis e que estes são os ditos e proferidos pelos sertanejos habitantes das zonas outrora povoadas pelos ameríndios que estiveram sob a ação colonizadora dos governos de Pernambuco e da Bahia, — isso porque nada podemos afirmar quanto ao Maranhão;
b) revelar chaves, pelo menos em nada iguais as de Dertoni, temos certeza absoluta de que as nossas excedem qualquer expectativa. — no sentido de demonstrarem ser o Tupi a língua de menor número de vocábulos, porém, como dizia Anchieta, mais perfeita do que o Grego - embora que isso motivasse uma verdadeira revolução na obra dos Indianistas.
Depois desses palavras se poderá dizer, sem erro nem temor, que os nossos Linguistas, estão a dever muito a se mesmos e ainda mais a nós seus patrícios, pois o formidável trabalho ele coleta e interpretação dos vocábulos coloniais está muito aquém do que devera ser pelo abandono em que ficou durante anos.
O Maranhão, que pode apresentar milhares de achegas ao estudo do CALÃO BRASILEIRO, transportou-as em parte para a Amazônia, de onde nos aparecem um ou outro vocabulário, geralmente de termos de voga no Pará,