Os mitos africanos no Brasil: ciência do folclore

O oitavo sobre ser uma variante do sexto, de que mais se formou, e que se estende em área maior no Brasil, penetra, enriquece e modifica os Calões Mineiros, Piauiense e Pernambucano e abranda a rijqueza do sétimo, tornando-se riquíssimo pelo concurso do nono e pelos Termos que recebe daqueles, para constituir, com os novos e abundantes elementos do Calão Mineiro, o chamado CALÃO DO SÃO FRANCISCO, falado por mais de um quarto dos brasileiros, que já se estende ao interior de São Paulo como a linguagem popular de todos os Estados situados desde 19º Lat. S. até o Equador.

O nono é o oitavo que se estende aos tributárias navegáveis do São Francisco, rios Grande e Corrente, domina grandes faixas goianas e também zonas paraenses e maranhenses próximas à Chapada das Mangabeiras, em cujo seio nascem em comum águas do Tocantins-Araguaia e do Sono-Sapão, das bacias do Araguaia e do São Francisco, — influindo assim no Calão Goiano, no Calão Paraense, no Calão Maranhense e ainda no Calão Mineiro e no Calão Piauiense, de cujos Termos se enriquece para trazê-los ao oitavo.

O décimo salienta-se por tender mais para a preferência pelos Termos oriundos do Português ou apresenta feição mais próxima da erudita, sem que isso impeça a penetração e a importância do quinto que é o dominador dos sertões entre a Bacia do São Francisco e a Faixa Litorânea calculada em cento e vinte quilômetros de largura.

O undécimo é o mesmo Calão do Recôncavo Baiano ou o quarto que, aliado ao segundo e ao terceiro, sofre as influências do quinto e apresenta grande cópia de Termos do décimo, do duodécimo, do décimo terceiro e do décimo quarto e do Calão Norte-Mineiro.

Os mitos africanos no Brasil: ciência do folclore - Página 33 - Thumb Visualização
Formato
Texto