Os mitos africanos no Brasil: ciência do folclore

O duodécimo não resistindo como todos os outros não resistem à ação do quinto, caracteriza-se por seus Termos próprios, alguns mesmo de feição erudita.

O décimo terceiro, apesar de um tanto perturbado nas zonas próximas a faixa litorânea, é rico de Termos Ameríndios e de outros do Calão Norte-Mineiro.

O décimo quarto apresenta maior abundância de Termos do Calão Norte-Mineiro e de Termos Ameríndios do que o décimo terceiro, sendo de notar que esse Calão Norte-Mineiro em parte se estende por grande área outrora pertencente à Bahia que foi interditada aos baianos nos tempos da Colônia e agregada a Minas Gerais.

O décimo quinto, ou das bacias do sul do Estado nos sertões de Belmonte até Alcobaça. É o mesmo primeiro que se estende à zona das matas e aí se enriquece em comum com o Calão Norte-Mineiro e em parte o modifica, exercendo ambos função de elaboradores da adaptação dos Termos Aimorés à linguagem popular.

O décimo sexto é ainda o mesmo primeiro que se veste no quarto e invade e modifica o Caldo Capixaba e o Calão Norte-Mineiro, tomando termos de ambos e também do Calão Fluminense e do Calão Carioca para levá-los às zonas limítrofes Bahia-Espírito Santo-Minas Gerais e ainda a uma parte do Norte de Minas Gerais.

Essa classificação, que é fruto de mais de trinta anos de estudos e pesquisas pacientes, obedece como todas da Linguagem Popular, aos meios e não aos tipos raciais que não nos interessam distinguir se não diante de cada peça a examinar.

O CALÃO DO RECÔNCAVO BAIANO, — ou a linguagem popular dos antigos focos de povoamento da

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